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PERGUNTA:

            Amada irmã em Cristo, Pra. Valnice e demais,

 Desculpe-me por extrair a frase acima do seu contexto. É que este é o meu caso! Ou seja, pertenço a Igreja Presbiteriana do Brasil, atualmente pastoreando a Igreja Presbiteriana de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro, Brasil.

Ao ler o seu belíssimo trabalho "Plano Estratégico para a Redenção da Nação" e o livro "Sonha e Ganharás o Mundo", do Pr. César Castellanos, senti o meu coração vibrar de forma diferente, e na mesma hora eu disse para mim mesmo: - "que maravilha!". Esta visão é uma bênção, e tem tudo para dar certo. Somente Deus poderia ter dado a alguém na terra algo tão precioso. Tudo foi maravilhosamente pensado, cuidado... Posteriormente, ao participar do Encontro com a Comunidade Sara Nossa Terra, da Barra da Tijuca, RJ, fiquei da mesma forma maravilhado com a seqüência dos temas, e com o Encontro no qual fui grandemente abençoado por Deus. Mais para diante, adquiri os três volumes do livro "Encontro", destinados a Escola de Líderes - publicados pela Palavra da Fé Produções - salvo alguns pequenos enfoques aqui ou ali, contrários aos nossos posicionamentos teológicos, muito admirei o material o qual é muito útil para uma classe de catecúmenos, por reunir doutrinas básicas da fé cristã, nas quais todos nós cremos, independentemente da denominação a qual cada um pertence.

Conforme informei acima, pertenço a uma denominação histórica (as vezes denominada por alguns de "tradicional"), na qual me sinto muito feliz, e, pela graça de Deus, temos tido um ministério frutífero e abençoado. O glorioso vento do Espírito está sendo derramado abundantemente sobre toda a terra, e também tem soprado sobre a nossa denominação, edificando, consolando, revestindo de poder a vida dos crentes, e salvando vidas.

Desde as minhas primeiras leituras sobre Igreja em Células no Modelo dos 12, percebí a necessidade de alguns ajustes estruturais e doutrinários, visando a adequação à nossa realidade. Eu amo a Jesus, mas também amo a igreja a qual pertenço, e dela não pretendo me desligar, e tampouco quero me tornar desobediente aos votos feitos diante de Deus de fidelidade à constituição, governo, disciplina, e doutrina da nossa denominação. Diante desta realidade, o meu posicionamento era: - adequar a visão ou desprezá-la!

Resolvi trabalhar em cima de tudo o que examinei e experimentei nos dois encontros pelos quais passei (o primeiro como encontrista, e um segundo já como Encontreiro) de forma a poder caminhar com a nossa Igreja na visão, e a sonhar com o milagre da multiplicação das conversões também no meio presbiteriano, sem causar rupturas ou divisões. Eu até posso adiantar os pontos ajustados para a nossa realidade, visto que o meu propósito é apenas o de somar, construir, nos edificarmos mutuamente, e encorajar outros pastores e líderes de outras denominações também históricas (ou tradicionais) para que todos possamos nos empenhar em ganhar o Brasil para Cristo.

Em relação à nossa estrutura e doutrina, os ajustes que fizemos dizem respeito a:-

a) nas células:

- os líderes são chamados de líderes, e não de pastores - o título de pastor no sistema presbiteriano é restrito aos que tenham feito o curso de Bacharel em Teologia por um Seminário idôneo, tenham apresentado tese e exegese, tenham pregado um sermão de prova, tenham sido examinados, aprovados e ordenados por um Concílio competente);

- nas células não ministramos a Santa-Ceia, porque a ministração da Ceia do Senhor é ato pastoral, e é restrita aos crentes em Cristo, que estejam em plena comunhão com as suas igrejas // O público maior nas células de multiplicação é de pessoas ainda em processo de conversão, as quais ainda não professaram publicamente a sua fé e não se batizaram (logo, ainda não são membros da Igreja);

  - nas células não recolhemos ofertas, por questões de zelo e prudência em relação a colheita e movimentação de dinheiro;

- quando as células se multiplicarem, ao invés de "pastores de área", adotaremos outros títulos, poderá ser "superintendente de área", por exemplo;

  b) quanto ao Encontro:

- não batizaremos os novos convertidos no encontro - no sistema presbiteriano as pessoas somente são batizadas após serem examinadas e aprovadas pelo Conselho da Igreja //  Vamos fazer assim: os candidatos serão instruídos inicialmente nas células, no Encontro, e na Escola de Líderes. Para alguém ser batizado terá que estar cursando pelo menos o primeiro módulo da Escola de Líderes (doutrinas básicas da fé cristã), depois daremos umas duas ou três aulas específicas sobre governo e doutrina da nossa igreja, e encaminharemos ao Conselho para o exame necessário, e batizaremos no templo, num grande evento de Celebração.

- líderes de células, ou palestrantes (ministradores) não serão autorizados a batizar. Em nossa Igreja, batismo é ato pastoral.  

- quando ao conteúdo doutrinário: -

 Estaremos produzindo o nosso próprio material para nosso uso exclusivo (não pretendemos adulterar ou usar ilicitamente o material de ninguém), seguindo a ordem e os temas originais. Basicamente, estaremos eliminando "quebra-de-maldições", qualquer idéia de regressão em "cura interior" - bem como a questão da liberação de perdão a Deus; o chamado "batismo do Espírito Santo" - em seu lugar escreveremos uma palestra sobre "A Plenitude do Espírito Santo"; o ato de confissão a pessoas - vamos inserir um ato silencioso de confissão a Deus; estamos estudando também um momento especial para substituir a fogueira.

 A Reforma protestante do século XVI foi dada para toda a Igreja. E os seus benefícios perduram até os nossos dias! Conquanto tenha havido o prestimoso trabalho dos precursores da reforma, na realidade ela foi desencadeada por um único homem, Martinho Lutero, no dia 31/10/1517! Creio que a visão celular do Pr. César Castellanos tenha vindo de Deus, e que, a partir de um homem Deus possa estar dando esta visão para toda a Igreja, como foi na reforma do século XVI. E se esta visão será a nova reforma como muitos crêm, então ela se espalhará pelos quatro cantos da terra, e nenhum homem a poderá deter, e tal como foi a reforma do século XVI há de ser também com esta visão. Ela será de todos! Mas sabemos que a reforma iniciada por Martinho Lutero foi depois aprimorada por Zwinglio, João Calvino, John Knox e tantos outros, porque Lutero ainda conservou muita coisa do catolicismo. Há um "slogan" entre nós reformados que diz: "Igreja reformada, sempre se reformando".

Penso o mesmo em relação à visão de Igreja em Células no Modelo dos 12 - que deva haver alguma flexibilidade para a adequação a realidade de cada igreja, de cada cidade, ou país. A realidade da Coréia é uma, a nossa é outra! Qual foi o ponto de partida para a inspiração do pastor César Castellanos em relação a visão de Igreja em Células no Modelo dos 12, não foi visitando e examinando o modelo coreano, da Igreja do Pr. Paul Young Cho? E não partiu ele do pressuposto de que precisava desenvolver um modelo próprio, adequado à sua realidade ?

Assim eu penso que a visão de Igreja em Células no Modelo dos 12 não é algo "pronto", "definitivo", "acabado", e, conquanto admire o zelo do Pr. César pela originalidade da visão e o seu desejo de formar uma rede mundial de Igreja Em Células no Modelo dos 12, rejeito a idéia de abraçar uma visão é como "pacote fechado", de forma "intocável". Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade"! "Nenhuma profecia é de particular elucidação"! Penso que todos as visões ou modelos de trabalho que surgirem em igrejas locais que estiverem resultando em edificação para os crentes e expansão do reino podem e devem ser seguidos pelas demais. Afinal, não queremos todos ver o mundo rendido ao Senhorio de Cristo?  

Quero deixar claro que não estou combatendo ninguém, nem querendo polemizar, tampouco me julgo melhor do que os meus irmãos. Sei que os colegas de ministério são pessoas bem preparadas, e com discernimento espiritual suficiente para decidir sabiamente quanto ao que devem ou não adotar em suas igrejas. Louvo a Deus pela vida de cada um, e pelos seus ministérios.

Finalizando, quero declarar que este meu posicionamento é feito em espírito de amor, e com o propósito de contribuir e edificar. Espero continuar a ser amado e compreendido pelos irmãos, e que não venha a ser discriminado ou  privado de participar desta ou de outras listas de células face a estas pequenas divergências de aspectos meramente estruturais e doutrinários. "Na multidão dos conselhos há sabedoria"!

Espero em Deus poder estar na Convenção no Ibirapuera, e abraçar todos vocês!

Fraternalmente em Cristo,

Pr. Edemar Vitorino da Silva

  RESPOSTA:

Amado Pastor Edemar e demais interessados,

Analisando sua posição, gostaria de tecer alguns comentários. Desculpe ter grifado algumas expressões no que o irmão escreveu, mas é para destacar pontos que o irmão julga ter adaptado e, no entanto, demonstra com eles que tem captado o espírito da visão.

Entendo o zelo do Pr. César, bem como de outros. Por exemplo, quando me inclinei para Singapura, conscientizei-me da exigência de, por dois anos, não se tocar no modelo, mas aplicá-lo integralmente. Lá as coisas são muito bem organizadas (a igreja é batista). Se em meio a 21 dias de jejum e oração Deus não me tivesse dito que fosse a Bogotá, hoje estaria seguindo aquele modelo. Até traduzi todo o material. Gosto de coisas bem organizadas e com tudo escrito. Afinal são de formação batista.

As coisas em Bogotá são bem diferentes. Extremamente simples e nenhum manual de estrutura. Para quem está habituado a ter tudo escrito, manuais e mais manuais (faço parte do grupo) não é fácil captar a visão de Bogotá. Pr. César é avesso a manuais e falar de estrutura. Trabalha em princípios e caráter de modo contundente. Santidade e dependência do Espírito é a ordem do dia. Costuma dizer: "A visão tem que ser entendida no espírito." Portanto quando fala de adotar o modelo e não adaptá-lo, está longe de referir-se a questões estruturais, mas a princípios bíblicos inegociáveis, que estão bem definidos no livro LIDERANÇA DE SUCESSO ATRAVÉS DOS DOZE.

A meu ver, é exatamente a falta de manuais que deu origem a essa salada brasileira em nome de G-12, onde muitos captam, e às vezes muito mal, alguma coisa e misturam tudo chegando a práticas totalmente esdrúxulas ao modelo de Bogotá, isolando uma pequena parcela da visão em nome do todo, como é o caso dos encontros.

Confesso que não sei de tudo quanto ocorre por aí. Ouço tanta coisa e não sei o que verdade. Tenho procurado me aprofundar o máximo na visão, uma vez que estou convicta de que Deus falou-me para estar ligada. Tenho ido muitas vezes a Bogotá. Da última fiquei três semanas. Tenho estado repetidamente com os principais líderes da visão e com os pastores Castellanos muitas vezes, e não perco as oportunidades para perguntar, captar o espírito da visão. Tudo seria tão simples se houvesse os manuais. Como eu mesma gostaria que fosse assim! Só sei que conviver com Pr. César é um desafio. Vive no Espírito. Seu gabinete parece uma sala de raios-x. Não perde oportunidade para ministrar a quem ali entra. Vive o que prega, homem simples, humilde, íntegro, um guerreiro de visão divina.

 ESTRUTURA – É claro que existe uma estrutura, e forte, em Bogotá. Mas não escrevem sobre ela. O discipulado é forte e o aprendizado por modelo é o padrão. Só no ano passado Pr. César sentiu liberdade da parte de Deus de escrever sobre o modelo e passar os "segredos da visão". Tanto ele quanto Pr. Fajardo afirmam que seria uma irresponsabilidade estar escrevendo manuais para depois mudar, quando estão implementando a visão. Ela é dinâmica. É necessário ouvir-se o Espírito de Deus continuamente. Portanto, gostaria mais uma vez esclarecer que o não adaptar a visão tem a ver com a visão em si, sintetizada em quatro pontos: Decisão, Consolidação, Treinamento(discipulado) e Envio, dentro do modelo dos doze. Cada um deve gerar doze discípulos e investir a vida neles de modo que eles façam o mesmo e assim sucessivamente.

Quando à metodologia na aplicação da visão, há ajustes e mudanças constantes. Em relação aos encontros e reencontros há temas a serem abordados com objetivos, mas não mensagens prontas. O palestrante é estimulado à auto-formação e deve preparar sua palestra, estudando a palavra e ouvindo o Espírito de Deus. Estou preparando um roteiro para a aplicação de toda a visão, que submeterei ao Pr. César.

SUAS POSIÇÕES:

1.                 "a) nas células: - os líderes são chamados de líderes, e não de pastores" – Também em Bogotá. Para alguém ser pastor lá tem que dar muito fruto, não só em número de discípulos, mas também no caráter. A exigência, a partir da Rede de Jovens era de 500 células. Isso implicava em ter um mínimo de 150 a 200 discípulos líderes de célula. Portanto líder de célula é líder de célula. Este é seu título e esta é sua função.

2.                 –" nas células não ministramos a Santa-Ceia, porque a ministração da Ceia do Senhor é ato pastoral, e é restrita aos crentes em Cristo, que estejam em plena comunhão com as suas igrejas "

3.                 ". nas células não recolhemos ofertas, por questões de zelo e prudência em relação a coleta e movimentação de dinheiro" . Em Bogotá as ofertas só são recolhidas nas células de adultos. Há um controle através das equipes de doze. Mas isto não é a visão, é método.

4.                 "quando as células se multiplicarem, ao invés de "pastores de área", adotaremos outros títulos, poderá ser "superintendente de área", por exemplo; " No modelo dos doze também não há pastores de área. Uma pessoa abre sua célula com o alvo de ver nascer dentro dela doze líderes de células, que formarão seus doze. A célula deve multiplicar-se em doze outras células, lideradas por doze líderes saídos da célula mãe. Cada novo líder formado naquela célula continua, não apenas sob a supervisão do líder original, mas passa a integrar seu grupo de discipulado permanente, que é o grupo de doze. Alcançando o duodécimo, pode entregar os remanescentes de sua célula original aos seus "filho" e vai agora ajudá-los a fazer a mesma coisa: gerar seus doze. Quando este processo se completar, serão 144 líderes sob sua supervisão. Ele começou como líder da célula, depois de dos doze e agora líder dos 144 netos, e assim por diante. É assim que se diz que ele tem 144 células. Se cada um dos seus líderes tiver duas células, já serão 288. Ainda é pouco para ser pastor.

5.                  "b) quanto ao Encontro: - não batizaremos os novos convertidos no encontro.... Para alguém ser batizado terá que estar cursando pelo menos o primeiro módulo da Escola de Líderes " Os novos crentes não têm que ser batizados nos encontros. Podem, os que não tiverem problema, especialmente na área de casamento. Naturalmente os líderes que enviam pessoas ao encontro devem entrevistá-las e saber o estado de cada uma. No currículo do Primeiro Nível das Escolas de Líderes há uma lição sobre batismo. A tarefa é que todos sejam batizados até o final do Nível. Portanto, este ponto é bem flexível.

6. "líderes de células, ou palestrantes (ministradores) não serão autorizados a batizar. Em nossa Igreja, batismo é ato pastoral." Nós também. Não tenho conhecimento dos líderes de célula batizando em Bogotá. Os batismos que presenciei foram realizados por pastores.

6.                  Basicamente, estaremos eliminando "quebra-de-maldições". Acredito que se o irmão estudar essa questão na perspectiva de Bogotá, verá que nada tem a ver com o que alguns pensam.

7.                 "qualquer idéia de regressão em "cura interior". Outro ponto equivocado. Cura interior é aplicação da Palavra para levar as pessoas a exercerem o perdão e serem curadas e libertas das memórias passadas e de suas feridas, traumas e complexos, pelo poder de Deus.

8.                 "bem como a questão da liberação de perdão a Deus;" – Há pessoas magoadas com Deus e que O culpam de muita coisa em sua vida. Precisam lidar com isso. "Perdoar a Deus" deve ser força de expressão. Brigar por terminologias é irrelevante. O que é necessário é levar a pessoa a libertar-se de toda a mágoa em relação ao aos outros, a si e a Deus. o chamado.

9.                 "o ato de confissão a pessoas - vamos inserir um ato silencioso de confissão a Deus" Nunca vi, nem ouvi falar sobre isso. Nós nunca o fizemos. Pode ser que alguém o faça por achar um bom método. Mais uma vez, isso não é visão, é método. A visão seria levar a pessoa a arrepender-se dos pecados e confessá-los a Deus. O modo de fazer isso certamente pode variar de pessoa para pessoa.

10.             "estamos estudando também um momento especial para substituir a fogueira." Este é um momento significativo. Mais uma vez trata-se de um método. Ainda me recordo dos cultos ao redor da fogueiro, nos acampamentos batistas. Quanto momento gostoso de consagração.

11.            "Igreja reformada, sempre se reformando". Corretíssimo.

12.             Penso o mesmo em relação à visão de Igreja em Células no Modelo dos 12 - que deva haver alguma flexibilidade para a adequação a realidade de cada igreja, de cada cidade, ou país. Assim eu penso que a visão de Igreja em Células no Modelo dos 12 não é algo "pronto", "definitivo", "acabado". Isso pode ser perfeitamente feito sem ferir aos princípios da visão.

Bem, amado, isto já é um tratado. Não sei se leu o que escrevi sobre A VERDADE SOBRE O MODELO DOS DOZE. Vou anexar ao seu e-mail.

Estou certa de que se todos os que dizem ter adotado o modelo dos doze usassem os próprios métodos de Bogotá, não estaríamos com essa "briga" no Brasil e até pecado, pois fala-se muita bobagem do que não se conhece. Que Deus tenha misericórdia de todos nós.

Espero ter esclarecido alguma coisa.

A serviço da visão e por um Brasil redimido,

 Valnice

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