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PARTE II: Avaliação Metodológica - Igreja Presbiteriana
Quanto aos pontos de avaliação metodológica no documento da Comissão Especial, permitimo-nos
fazer os seguintes comentários:
1. O Encontro, sendo voltado para os novos convertidos, não poderia ser transformado em
seminário teológico. Aliás, nos retiros e acampamentos, em sua maioria, a Palavra é ministrada
para edificação e, assim como no culto público, não há uma mesa redonda posterior para avaliar
o sermão do Pastor. O argumento é perigoso porque poderia ser estendido para o púlpito como
lugar mais autoritário da comunidade cristã. Há tempo para tudo!
2. É uma inferência grosseira dizer que há pretensão da visão "G-12" de considerar o não
encontrista como não convertido. Entretanto, os não convertidos poderão encontrar a nova vida
como poderia em outro momento da vida da igreja;
3. Quanto à indução, este documento já se referiu sobre o assunto. Gostaríamos de acrescentar
que, nos próprios sermões, muitas verdades são enfatizadas várias vezes aos ouvintes. Seria
indução? Está errado? Precisamos rediscutir a homilética reformada. Somos ensinados a
exprimir as verdades bíblicas com clareza fazendo, inclusive ilustrações, que é uma forma de
fixar a verdade. Seria isto indução?
4. As músicas pré-selecionadas objetivam deixar o ambiente propício para a meditação individual e
evitar interferência do comportamento de outrem. É comum o cristão colocar um fundo musical
quando ler a Bíblia; quando ora a sós com Deus. Se as músicas conduzem as pessoas ao
êxtase e são indutoras, precisamos rever os momentos de louvor na Igreja; o momento de
confissão quando o piano ou órgão tocava e toca uma música de enlevo espiritual. Ademais, é
comum nas igrejas reformadas, o coral cantar antes e/ou depois da mensagem. Seria indução
ao choro, ao êxtase? Cremos ser possível a utilização da música apenas como coadjuvante de
um ambiente propício em que o Espírito Santo comunique verdades eternas a indivíduos e não
como instrumento de provocar catarse. Aliás, temos ouvido o testemunho de vários novos
convertidos que, enquanto ouviam a mensagem na igreja, não conseguiam parar de chorar.
Nestas ocasiões, não havia música. Foi indução da Palavra ou foi o Espírito Santo sensibilizando
o coração do ouvinte? Devemos ter cuidado para, deliberadamente, não promovermos nenhum
artifício com o fim de provocar reações emocionais mas devemos ter cautela para que não
sejamos achados como normatizadores da ação do Espírito Santo. Deus não necessita de
nossas regras de etiqueta espiritual. Ele age da forma que lhe apraz. Êxtase e choro fabricados
não pertencem a agenda da igreja reformada; mas santos reformados de todas as gerações têm
sido impactados pela presença do Espírito Santo e não é honesto esconder estas páginas.
5. A questão do compromisso de não divulgar o Encontro nos parece um detalhe bastante
irrelevante. Primeiro, entendemos que não há necessidade deste compromisso. Em segundo
lugar, a intenção dos promovedores de encontro é que o relato de surpresas e conteúdo do
encontro pode interferir na singularidade da participação de cada pessoa. Queremos fazer duas
observações: 1) o encontro não é o único projeto que pede este tipo de compromisso. O
Encontro de Casais Para Cristo, largamente difundido nas igrejas principalmente do nordeste,
incluindo igrejas presbiterianas é um exemplo e nunca vimos qualquer artigo questionando esta
prática; 2) com relação a segredos, parece-nos que os presbiterianos maçons estão pouco à
vontade para discutirem o tema.
6. É pura inferência dizer que o encontro produz um medo mórbido de ações satânicas. Pelo
contrário, a ênfase definitiva é da nossa vitória sobre o pecado e que o inimigo foi derrotado na
cruz do Calvário. O resultado é exatamente o oposto, o que demonstra que sempre existirá uma
fragilidade dos que falam sobre o Encontro sem conhecimento de fato.
7. O perdão é bíblico e presenciar lares e relacionamentos interpessoais sendo
restaurados deveria estar arrolado como fato positivo do Encontro. Quanto a liberar perdão a Deus, insistentemente
pontuado pelos opositores do encontro, gostaríamos de fazer um comentário. O Manual na sua
forma resumida deixou de explanar o que significaria este provável perdão a Deus. Sabemos de
muitas pessoas (e provavelmente todos os pastores já tiveram esta experiência) que, feridas por
traumas e acidentes históricos, reclamam e colocam em Deus a culpa dos seus males. Estão
brigados com Deus. É o momento de abrir o coração, de receber a graça entendendo agora a
ação amorosa do Senhor. Sejam verdadeiros: quantos de nós já assistimos cristãos que perdem
filhos e ficam inconformados com o fato não entendendo a ação de Deus. Estes podem
permanecer magoados e precisam de cura. Nenhum pastor da visão de Igreja em célula diria que
Deus pecou e precisa de perdão.
8. É uma alegoria dizer que o encontro produz testemunhos. Pelo contrário, sem convite e às vezes
sem dar espaço, as pessoas apresentam-se voluntariamente querendo compartilhar a ação de
Deus em suas vidas. Acreditamos que podem haver testemunhos produzidos em muitos lugares;
cremos, porém, na ação de Deus e gostaríamos que, cada vez mais, crentes reformados
pudessem dar testemunho da ação de Deus como o cego de João 9:25: "eu era cego, agora
vejo".
PARTE III - PRÓS E CONTRAS DOS ENCONTROS G-12
Cremos que existem muitos mais pontos positivos do que o único que a Comissão encontrou.
Permitimo-nos nesta parte esbosar um Projeto Piloto demonstrando a possibilidade de utilizar a
estratégia de discipulado do modelo "G-12" adaptado à realidade e governo da Igreja Presbiteriana.
1. O modelo teria exclusivamente lugar no Ministério de Discipulado da Igreja;
2. O objetivo maior seria que todos os membros da Igreja vivam no modelo de discipulado: como
discipulador (acompanhando um novo convertido) e como discípulos (compartilhando com outro
irmão a bênção da vida cristã);
3. O novo convertido seria acompanhado por um discipulador que estaria em contato com ele para
lhe ensinar os prolegômenos do evangelho;
4. O novo convertido participaria de um encontro cujo objetivo seria permitir que ele tivesse uma
visão global da vida cristã onde, além de uma experiência de comunhão com o Senhor, o novo
convertido receberia instruções para o seu viver cotidiano;
5. Depois do Encontro, o novo convertido será encaminhado à uma Escola de Líderes aonde ele,
durante 9 meses, vai estudar as doutrinas bíblicas a partir da Confissão de Fé e que teria como
outras matérias: VIDA CRISTÃ, ÉTICA CRISTÃ, ACONSELHAMENTO, NOÇÕES DE PSICOLOGIA GERAL, NOÇÕES DE
HOMILÉTICA, NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E CONHECIMENTOS GERAIS.
Este modelo, inspirado na visão do "G-12", traz diversos pontos positivos, como:
1. Ajuda a formar a mente de Cristo em cada novo convertido;
2. Propicia a comunhão do novo convertido com outros irmãos;
3. Produz a unidade no corpo de Cristo;
4. Combate as heresias com o ensinamento correto da fé reformada;
5. Incentiva o novo convertido a viver na dependência do Espírito Santo;
6. Propicia uma prática litúrgica transparente e verdadeira;
7. Ensina o novo convertido a viver combatendo o pecado recebendo a santificação real pela virtude
da morte e ressurreição de Cristo;
8. Preserva o governo e a doutrina da Igreja;
9. Minimiza o problema da orfandade espiritual: crentes e neófitos sozinhos no Reino;
10. Minimiza a questão do analfabetismo bíblico: cada crente terá a oportunidade de aprender as
doutrinas reformadas;
11. Possibilita que a igreja persiga o projeto de comunidade terapêutica;
12. Reacende a chama do evangelismo;
13. Propicia ambiente de amor transparente já que o discipulado é uma demonstração de serviço;
14. Compromete os crentes com a obra do Reino;
15. Desperta os líderes (pastores e presbíteros) a uma dedicação real ao estudo das doutrinas
reformadas, a uma vida de santidade e compromisso com a vocação;
16. Possibilita caminho favorável para o sonho de um avivamento real;
17. Torna a igreja relevante para o indivíduo, para família e a sociedade;
18. Possibilita o cumprimento integral da ordem de evangelização que não se encerra na
proclamação da salvação, e se estende ao discipulado.
CONCLUSÃO
Permitimo-nos comentar a conclusão do documento da Comissão Especial, especificamente quando
sugere a determinação de que as igrejas sejam proibidas de participar ou se envolver de qualquer forma
no movimento denominado G 12. Estranhamos a linguagem utilizada, pelas seguintes razões:
a) Ela extrapola o que a Comissão Executiva do Supremo Concílio decidiu em 22.03.00, quando utiliza
a terminologia de "Posicionar-se contra o movimento", "Recomendar que...não acolham o movimento",
"Determinar os presbitérios e sínodos que orientem..." e "Informar". Na linguagem do texto da comissão
do sínodo, qualquer trabalho feito, mesmo com uma releitura, estaria proibido;
b) se assim é, é um fragrante desrespeito à Constituição da Igreja que diz no seu artigo 31 que é função
privativa do pastor orientar e supervisionar a liturgia na igreja de que é pastor e no artigo 30 exercer o
governo e disciplina da comunidade juntamente com o Conselho. O concílio ultrapassaria sua
competência legislando que não podemos nos reunir em retiro ainda que o nome continue sendo
encontro;
c) é necessário que o concílio se posicione doutrinariamente mas que não pretenda tutelar a
consciência e é bom reler o que a Confissão de Fé expõe no capítulo XX, ponto II: "Só Deus é senhor
da consciência, e ele deixou livre doutrinas e mandamentos humanos que em qualquer cousa sejam
contrários à sua palavra ou que, em matéria de fé ou de culto estejam fora dela. Assim crer tais
doutrinas ou obedecer a tais mandamentos como cousa de consciência é trair a verdadeira liberdade de
consciência; e requerer para elas fé implícita e obediência cega e absoluta é destruir a liberdade de
consciência e a mesma razão";
A competência para formular sistemas ou padrões de doutrina e prática é do supremo concílio, em sua
reunião plena de acordo com o artigo 97, letra "a" e Parágrafo Único. É necessário cautela para que não
possamos legislar acima de nossa competência.
Diante de toda esta exposição, com temor e tremor e, para preservar o amor, a unidade e o progresso
do reino de Deus, propomos:
a. Que o Sínodo se posicione contrário ao movimento "G-12" enquanto modelo de governo
como incompatível com a estrutura da IPB;
b. Permita a liberdade da utilização do modelo estratégico do discipulado dentro da doutrina
reformada;
c. Que orientem os presbitérios sob sua jurisdição que mantenham vigilância quanto ao
conteúdo doutrinário transmitido e ensinado à suas Igrejas na adoção do modelo
estratégico;
d. Que o Sínodo determine aos Presbitérios que acompanhem e avaliem criteriosamente a
formulação dos projetos de suas respectivas igrejas para, preventivamente, preservá-las
de adoção de distorções doutrinárias;
e. Promova seminários apresentando projetos alternativos de discipulado.
No amor daquele que: Nasceu, viveu, morreu e ressuscitou por todos nós, Jesus de Nazaré.
Pastores:
Rev. Anderson Martins Rios ( PRDF )
Rev. Adroaldo Veloso ( PRDF )
Rev. Ewaldo Ferreira Cunha ( PRDF )
Rev. Emerson Ferreira Cunha ( PNOM )
Rev. Luis Martins Cardoso ( PNOM )
Rev. Luis Ferreira da Cunha ( PNOM )
Rev. Marcelo Freitas Silva ( PRDF )
Rev. Osvaldo Antônio da Silva Jr. ( PRDF )
Rev. Valmir Pereira de Oliveira ( PRDF )
Rev. Sabino Cordeiro Dourado ( PTAG )
Presbíteros:
Presb. Ricardo Augusto da Silva ( 4 IPT )
Presb. Odiel Aranha Cavalcante ( 4 IPT )
Presb. Paulo Marcos Ruas Guimarães ( 4 IPT )