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Análise de Alguém (anônimo) que Participou do Encontro

Encontro ou Desencontro?

O Encontro é Tremendo! Esta é a frase mais ouvida ultimamente nos salões dos templos evangélicos, sejam eles pentecostais ou tradicionais. O mais novo chavão evangélico pode ser visto em camisetas, adesivos para carros, painéis decorativos, e principalmente na ponta da língua de diversos crentes. Ecoa como um brado de vitória, como um grito de guerra, capaz de fazer o mais simples dos cristãos se transformar no Super-Homem do avivamento. Para os que ainda não foram atingidos por esta nova onda, trata-se do aspecto principal do Modelo dos Doze, a nova visão para a Igreja em Células, preconizado pelo Pr. César Castellanos Dominguez, da Colômbia.

Neste pequeno relato conto a minha experiência de participação deste evento chamado Encontro, trazendo a público todas as suas principais características. Não fiz nenhum pacto com ninguém. Tenho o compromisso, como cristão, de trazer à luz, e desbaratar tudo o que se apresenta nocivo ao povo de Deus. O apego à Palavra de Deus, o discernimento, o equilibrio, e a observação, impediram o meu envolvimento emocional, o que permitiu a avaliação cuidadosa de cada um dos seus aspectos. Do mesmo modo, o meu amor ao Senhor e a meus irmãos me impediram de manter sigilo sobre as sutís e perigosas doutrinas que ali são ministradas. Jesus disse em Mateus 10.26: "Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que
não haja de ser conhecido". Espero que aqueles que estão tendo oportunidade de ler este relato possam, à luz da Palavra de Deus, refletir e tirar as conclusões devidas de cada ponto nele apresentado.

Os fatos antecedentes

Durante dias a Igreja da qual sou membro foi inundada e fortemente bombardeada pela frase "O Encontro é tremendo". Alguns poucos irmãos, juntamente com os pastores da igreja, que já haviam participado deste Encontro, promovido por outras igrejas, foram os protagonistas de tão intensa e exaustiva afirmação. Esta frase martelou diariamente a cabeça de todos. A promessa de um encontro face a face com Deus aumentava mais e
mais a expectativa. O segredo quanto ao seu conteúdo, guardado a sete chaves, o tornava mais atraente e desejado. Ainda seria necessário passar pelo Pré-encontro, o qual consistia de quatro palestras preparatórias.
Durante estas palestras foi pedido a todos sigilo absoluto quanto a tudo que iriam ouvir e ver a partir daquele momento.

O Pré-encontro

Este conjunto de palestras leva o participante a reconhecer sua realidade espiritual, seu estado atual de pecador e sua condição como filho de Deus em Cristo Jesus. A estimulação para ir aoEncontro é constante em todas as  palestras.

O Encontro

Chegou enfim o dia tão esperado. Fomos todos em um ônibus, em clima de grande euforia. No local destinado ao retiro, fomos recepcionados com explosões de fogos de artifício. Um clima de grande festa. Recebemos diversas recomendações quanto ao comportamento, das quais a de maior impacto foi a proibição de comunicação
interpessoal. Acreditem, irmãos, a princípio eu achei ótimo.

A primeira palestra ministrada foi O Peniel, cujo texto está em Gênesis 32.30. Fomos levados entender a experiência de Jacó. Após a ministração fomos levados a meditar sobre nossa real condição. Uma música de fundo era tocada enquanto éramos liberados para sair do auditório e procurar um lugar onde poderíamos ficar a sós com Deus. Foi um momento de muita comoção. Fomos liberados para chorar, gritar, urrar, sem se preocupar com nada ou ninguém. Os pecados deveriam ser confessados um a um, nome por nome, inclusive épocas em que ocorreram. Como desde o princípio, não creio que tenha que trazer à memória meu passado antes da minha conversão (II Cor. 5.17), eu decidi pensar na minha atual condição diante de Deus. Foi um bom momento de
reflexão sobre minha vida. Creio na palavra em I João 1:9. Ao final voltamos todos para o auditório, eram mais ou menos meia-noite. Depois fomos jantar e em seguida dormir.

A segunda palestra, ministrada no sábado por volta das oito horas, foi acerca do que é o Encontro e quais os resultados obtidos após ele. É neste momento que o Encontro é enfatizado como algo que não pode ser jamais desprezado, pois de sua participação resultará a transformação de sua vida, a renovação de seu coração, sua capacitação para ser "um guia de multidões", além de receber definitivamente a fortaleza de Cristo. É enfatizado a necessidade de estarmos ali, separados de tudo e de todos, para termos este encontro com Deus. É usada a palavra em João 4.30 "Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele." para explicar o privilégio ímpar de estarmos ali. Foi esquadrinhada a Palavra em João 4.1-42 cujo resumo é: a mulher samaritana recebe a palavra, abre o
coração, é liberta, e torna-se uma grande missionária. Após isso é enfatizada a importância de ser um "sonhador".
O texto utilizado é João 11.11-25. Interpretando o verso 12, é dito que muitos dos nossos sonhos estão mortos, mas Jesus irá despertá-los. Enfatiza-se a linguagem dos sonhos, onde tudo que acontece no mundo natural tem que ser conquistado primeiramente no mundo sobrenatural. Após esta palestra, que durou cerca de duas horas, fomos tomar café.

A terceira palestra ministrada foi sobre Libertação (Quebra de maldição). Esta palestra começa com a afirmação que o crente pode ter uma atitude "demonizada", descrita em Efésios 4.27. Ao falarem de maldições, citaram os textos de Deut. 11.26, Deut. 30.19, e Efésios 5.15-16. O preletor discorreu sobre o surgimento das maldições,
enfatizando a realidade da maldição hereditária, e sua renúncia e quebra no Encontro, não importando se ela entrou através dos pais, avós, bisavós, etc. Comecei a achar que alguma coisa não ia bem, pois a Bíblia é clara em Ezequiel 18.20, quando diz: "a alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai
levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele", além de várias outras passagens como Jeremias 31, Provérbios 3.33, 26.2, Gálatas 3.13, Colos. 2.14-15, Romanos 6.6-7, II Coríntios 5.17, João 8:36, dentre outros. Esta palestra demorou cerca de três horas. Ao final, fomos liberados para
almoçar, era cerca de três horas da tarde. Na porta do auditório interceptei o preletor e disse a ele que não concordava com o que havia sido dito sobre maldição, que como crente converso eu era nova criatura em Cristo
Jesus, e que o fato de ter que voltar ao passado era uma forma de anular a Cruz de Cristo. O preletor ficou sem resposta.

Após o almoço, fomos liberados para descansar um pouco. A partir daquele momento comecei a ficar incomodado com toda aquela situação. Comecei a relacionar os fatos, as palestras, os muitos depoimentos pessoais dos preletores, a participação da equipe de apoio, as músicas, etc. Senti como se tudo que já havia aprendido sobre a Cruz de Cristo não tivesse nenhum valor. Foi quando tive um impulso para buscar a Palavra de
Deus. Enquanto todos descansavam eu comecei a estudar a Palavra. Escrevi quase duas páginas. Não tinha muito tempo, pois ainda precisava passar a limpo tudo que havia escrito. Basicamente, o que escrevi está em Colossenses 2.14-15, Romanos 6, Romanos 8, II Corintios 5.17, dentre outras passagens.

A quarta palestra ministrada foi sobre comportamento no Encontro e a nova postura após ele. Não há muito o que falar sobre esta palestra senão o fato de relacionar a experiência de Paulo com o Encontro. Paulo não conhecia o amor de Deus, rendeu-se diante do Encontro com Jesus, esteve três dias longe de tudo, quando ao
final recebeu a grande comissão de Cristo. Bem sugestivo não? Relacionando com esta experiência temos: não conhecemos a Deus de fato; viemos para o Encontro onde ficamos longe de tudo; fomos libertos da cegueira.

A quinta palestra foi sobre Cura Interior. O preletor inicia explicando a diferença entre espírito, alma e corpo. Afirma que no plano da alma residem todas as feridas e traumas da vida. Relata uma lista grande de comportamentos causadores destas feridas. Ele discorre sobre todos as possíveis feridas emocionais e suas diversas causas. Relata alguns exemplos bíblicos tais como Moisés (língua pesada), Elias (incapacidade de
enfrentar Jezabel), Mirian (complexo de inferioridade), os 10 espias (complexo de inferioridade). Após isso, passou a ministrar a cura propriamente dita. Foi dito que para ser curado eram necessários dois passos: romper o domínio de Satanás, tomando posse do que já era nosso; e receber a cura de lembranças passadas. Em outras
palavras foi dito para voltarmos ao passado e desenterrarmos de lá os detalhes mais sórdidos, desentulhado todo o lixo de que nos lembramos, jogando tudo fora. Neste ponto é pedido para declararmos uns aos outros:
"Estou aberto ao que Deus vai fazer em minha vida".

Durante esta ministração foram afastadas todas as cadeiras do auditório. Foi posta uma música bem sugestiva, de adoração, e sem letra. Este momento dividiu-se em três partes:

1.Fizemos uma regressão. Apagaram-se as luzes, foi pedido que visualizassemos o momento da fecundação, depois a formação no útero materno, depois o nascimento, depois a infância, depois a adolescência, etc. A visualização de cada fase foi detalhadamente solicitada, onde fomos instruídos a lembrarmos dos momentos difíceis, amargos, traumatizantes, etc. Em cada momento lembrado era pedido
que visualizássemos Cristo conosco e que devíamos liberar perdão para as pessoas envolvidas. 
2.Devíamos escolher um parceiro para o qual deveríamos confessar nossas dores. O preletor oferecia um tempo para cada um confessar ao outro, e ao final o ouvinte orava, conforme o modelo do preletor, declarando a cura sobre este irmão, e vice-versa. Após isso, é ministrado a unção com óleo em cada participante. Quase todos os participantes caíram. O fenômeno do cai-cai se instalou. Eu particularmente não deixei que o preletor me ungisse com óleo. Após isso, todos em prantos, se abraçando e se consolando, é pedido que voltássemos aos lugares onde foi ministrada mais uma palestra sobre a Cruz de Cristo. Mais uma vez uma música de adoração tocou, as cadeiras foram novamente afastadas, e foi pedido que visualizássemos a vida de Jesus, desde o seu nascimento, apresentação no templo,crescimento, seu ministério de cura e libertação, sua paixão, sua traição, seu sofrimento vicário, os insultos, as chicotadas, os açoites, a dor de levar a cruz, a crucificação. Foi pedido que nos víssemos no meio da multidão que assistia a tudo, e ouvíamos Jesus dizer que não foram os romanos e nem os judeus que o tinham crucificado, mas o fato d'Ele estar ali era por causa dos nossos pecados. Presenciávamos o grito do Salvador, a rendição do espírito, a multidão se retira, nós nos retirávamos também. Ficamos sabendo que Jesus havia ressuscitado. Foi pedido para que nos colocássemos debaixo da cruz para sentirmos o sangue de Cristo caindo sobre nós. Ressuscitamos com Cristo, a morte e o pecado não tem mais domínio sobre nós. Após esse momento bradamos com gritos de vitória e abraçamo-nos unos aos
outros. 

3.Após tudo isso o preletor pede que peguemos um pedaço de papel e escrevessemos tudo o que o Espírito Santo nos lembrar de coisas ruins, pecados, traumas, etc. Além disso foi pedido para reunir que todo e qualquer objeto, que continha algum símbolo da Nova Era, ou outros objetos quaisquer que poderiam lembrar situações ruins ou se relacionavam com atitudes ilícitas. Nesta hora fomos liberados para ir ao dormitório. Ao voltarmos, fomos separados em grupos de doze e, de mãos dadas, fomos até
uma grande fogueira onde lançamos tudo. Ao lançar os objetos e o pedaço de papel bradamos em alta voz: "Estão anulados todos os argumentos sobre minha vida". 

Confesso irmãos, que apesar de participar destes eventos, estava convicto de que nada disso era maior que a Cruz de Cristo em minha vida. Não confessei nada a ninguém, não fiz regressão e não escrevi nada no papel e muito menos queimei algum objeto. Simulei a minha participação para não provocar nenhum problema. Depois disso tudo, já eram quase uma hora da manhã, fomos jantar e dormir.

Como havia acontecido no sábado de manhã assim também foi no domingo. Fomos direto para o auditório assistir a sexta palestra, que foi sobre estilos de oração e a nova vida em Cristo. Interpelei o preletor, que era um dos pastores de minha igreja, e disse a ele que estava muito preocupado com o que fora ministrado no sábado, em relação à Libertação e Cura interior, e que gostaria de conversar detalhadamente depois sobre o assunto. Depois, fomos tomar café da manhã por volta de nove e trinta.

A sétima palestra foi sobre o Modelo dos Doze, onde foram apresentados seus diversos aspectos. Não vou discorrer sobre este tema.

A última palestra foi sobre Batismo no Espírito Santo. O preletor discorreu sobre os propósitos do batismo no Espírito Santo, sobre os resultados, sobre as condições para recebê-lo, sobre as evidências, e sobre a necessidade de ser cheio do Espírito. Após isso começou o leilão do batismo. Este preletor era do tipo que empurrava a testa, ocasionando várias quedas. Dessa vez eu também não cai, graças a Deus, apesar de ter sido empurrado duas vezes.

Para finalizar ficamos no auditório, após a palestra, onde um momento surpresa nos esperava. Foi pedido que deitássemos com os olhos fechados. A medida que éramos chamados pelo nome levantávamos uma das mãos e recebíamos ao lado de nosso corpo um objeto. Quando todos receberam foi pedido que abríssemos os olhos e
verificássemos o conteúdo. Foi, para mim, o melhor momento deste retiro. O objeto, um envelope, continha bombons e vários cartões e fotografias enviadas pela minha esposa. Ela não economizou, escreveu muitos cartões. Montou um álbum com fotos de diversos momentos de nossa vida, tais como namoro, noivado, e casamento. Foi um momento de grande quebrantamento. Neste momento, foi liberada a comunicação interpessoal
e todos se abraçaram e se confraternizaram.

Como podemos ver, muitas coisas boas aconteceram neste retiro. Não há dúvida que muitos de seus aspectos são inéditos. Agora, nem por isso, devemos fechar nossos olhos às práticas estranhas ao Cristianismo que foram ministradas juntamente com as coisas boas. Resumindo este Encontro, eu diria que ele tem três principais objetivos: Quebra de Maldições (Libertação), Cura Interior, Batismo no Espírito Santo. Todos estes assuntos já foram abordados e bem discutidos em diversos livros e palestras. São temas que apresentam muita controvérsia. Cabe a cada um avaliar cada um destes temas, julgando-os à luz da Palavra de Deus. Eu particularmente não concordo com nenhuma das abordagens ministradas no Encontro. Creio ser uma forma muito sutil de negar a
Cruz de Cristo, sem falar na perigosa administração da terapia de regressão por pessoas não qualificadas para tal. Como isso é apenas um relato de minha experiência não vou entrar em maiores detalhes quanto à minha opinião.

É importante esclarecer também que durante todos estes dias de retiro fomos bombardeados com a frase : "O Encontro é Tremendo". As músicas "Eu quero é Deus", "Na casa de meu Pai há unção e há poder", "Aquele que está feliz diga amém", e "Gracias Señor" foram exaustivamente tocadas. Os momentos de louvor eram altamente agitados, com pulos, danças aeróbicas, trenzinhos, onde os principais incentivadores eram os preletores e os irmãos da equipe de apoio.

O culto na igreja, realizado no mesmo dia do retono do retiro, é marcado por manifestações de euforia que chegam a passar dos limites da racionalidade. Gritos, pulos, danças aeróbicas, assovios, fazem parte da expressão de todos os que participaram deste Encontro. As pessoas que ali estavam, tanto membros da igreja como visitantes
ficavam sem entender o que estava acontecendo. Os Pastores esforçavam-se no púlpito para explicar o fato dizendo: "estes irmãos tiveram um encontro face a face com Deus". A liturgia normal foi substituída pelos testemunhos dos participantes do Encontro. Alguns, escandalizados, se retiraram.

O Pós-Encontro

Este conjunto de palestras objetiva a consolidação dos aspectos do Encontro. É marcado por muitos depoimentos daquilo que foi conquistado. Basicamente, as palestras tratam da conservação daquilo que foi conseguido no Encontro (Libertação e Cura Interior), das defesas contra as retaliações de Satanás e de como posso deter as investidas do inimigo. O fatores cobertura espiritual e obediência e submissão são muito
enfatizados. Chegam a dizer que a obediência aos Pastores é a nossa legalidade contra Satanás. Eu não creio nisso, ao contrário eu creio que a Cruz de Cristo é a nossa legalidade. E vou além em dizer que obediência e submissão não é imposta e, sim, conquistada através da Palavra de Deus, assim como lemos em I Pedro 5.2:
"apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade". Ao final de tudo somos encorajados a participar da Escola de Líderes, outro aspecto desse Modelo dos Doze, e a participarmos como equipe de apoio em outros retiros. Mais uma vez é reforçada a manutenção do silêncio absoluto quanto ao conteúdo do Encontro. Após a última palestra fomos convidados a participar da queima de arquivo. Uma reunião, no sábado seguinte, para queimarmos na fogueira os objetos remanescentes.

Conclusão

Depois de passar por todos estes eventos e perceber distorções da Palavra de Deus e enganos sutis, fui compelido a pesquisar sobre cada assunto. Confesso que o que encontrei, juntando com aquilo que já sabia, me deixou muito preocupado com o rumo que as igrejas evangélicas, principalmente as renovadas, estão tomando. Muitas doutrinas estranhas ao Cristianismo estão sendo sutilmente injetadas. Muitos pastores e líderes, na
ânsia de verem suas igrejas crescerem e serem avivadas, estão adotando métodos e técnicas estranhas sem uma criteriosa investigação de seus aspectos, muitas vezes ocultos. Muitas destas técnicas trazem em suas entranhas práticas encontradas no espiritismo. Devemos ter muito cuidado com as "novidades" que aparecem e com os
profetas de última hora que trazem as revelações emergenciais de Deus. Paulo já advertia, em Gálatas 1.8: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema". Deus não sofre de processo de continuidade. Aquilo que ele já fez em Cristo Jesus é perfeito e não
necessita de retoques e de que nada lhe seja tirado ou acrescentado. A origem de seitas heréticas decorre desta tentativa. Jesus Cristo também advertiu, em Mateus 24.24: "Ainda há de surgir falsos cristos e falsos profeta, e farão sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos".

A vinda do anti-Cristo seria precedida por engano e apostasia. Paulo diz em II Tessalonicenses 2.9: "a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira". Por isso, irmãos, precisamos ser atalaias, sempre atentos. Devemos examinar tudo, provar tudo, como em I João 4.1:
"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo", assim como em I Tessalonicenses 5.21: "mas ponde tudo à prova...", assim também como em I Coríntios 2.13: "...comparando coisas espirituais com espirituais". Temos que ser como os bereanos, em Atos
17.11: "Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim". Temos a Bíblia, que é a Palavra de Deus, como referência única e verdadeira. Que este opúsculo possa servir de alerta aos meus irmãos em Cristo,
como é dito em Tito 1.9: "retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convercer os contradizentes".

Suplico a todos os que participarem deste "encontro" que examinem biblicamente cada uma das ministrações. Revejam suas anotações. Tudo tem que ser posto à luz da Palavra de Deus. No retiro, não tivemos tempo para o estudo minucioso, pela quantidade de palestras que nos foi dada, e pela proibição de comunicação interpessoal
que nos foi imposta. Peça discernimento ao Espírito Santo de Deus. Não tenha medo. Isso é sério, irmãos. Não devemos ser como os descritos em II Timóteo 4.3: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina;mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos". O pior cego é aquele que não quer ver.

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